quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Grandes fragmentos em uma pequena caixa


Peguei aquela caixa, onde guardo as recordações mais bonitas de nós dois, li e reli todas as lembranças como se fosse a ultima vez. Encontrei o teu cheiro perdido lá dentro. E os momentos começaram a aparecer em minha mente como em um filme. Fechei os olhos, deixei que aquilo me levasse para bem longe, deixei que a minha ilusão me prendesse o mais perto de ti que eu conseguiria naquele instante. Consegui sentir tuas mãos aflitas como em nosso primeiro beijo, sempre fui louca pelas tuas mãos. Senti o calor do teu abraço apertado, o melhor abraço. Olhei fundo em teus olhos, sempre os mais anuviados para mim. Toquei na tua pele, que combina tão perfeitamente com a minha. Tentei falar, mas você me calou, me calou com uma expressão fria e distante.
A ilusão se desfez, e lá estava eu, com todas aquelas lembranças nas mãos. Todos aqueles sentimentos em pedaços caídos pelo chão. A garganta virou em nó. E o coração parecia estar congelado. Recolhi todos os momentos e sentimentos que restaram de ti e coloquei na caixa. Abracei-a enquanto algumas lágrimas rolaram pela minha face, mais uma vez. Palavras vieram a minha boca, mas não permiti que elas fossem proferidas. Apenas deixei que os sentimentos que dentro de mim havia, se encontrassem com os momentos daquela caixa. Coloquei-a no lugar de sempre. Pensei em colocá-la fora. Mas mudei de idéia. Afinal, não se coloca fora momentos bonitos e sentimentos reais. Vou apenas guarda-los.

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