sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O destino e suas contradições


Tão estranho ver o quanto a vida muda rápido sem que a gente perceba. E rápido mesmo, alguns dias atrás, eu ainda estava comendo pastel de R$2,00 do Teco, hoje eu me quebo pra atravessar o campus II da Feevale e comprar um café de R$1,00 :P
Há poucos dias que eu sentava na escada do Fernando Ferrari pra fofocar com as minhas amigas de anos, e agora? agora eu tenho alguns colegas legais, alguns conhecidos novos toda semana , algumas discussões meio cabeças e algumas ideias parecidas.
Eu ainda consigo sentir a emoção do primeiro pedido em namoro, mas sinto também como se fossem levar séculos para um novo principe aparecer pra me salvar de um vendával de confusões.
Tantas coisas acontecem e só percebemos o quanto são importantes depois de algum tempo. Hoje, alguém me disse que estou feliz, e outra disse que eu era mais feliz, alguma ideia do quanto isso me confundiu? não, com certeza não.
Me confundio tanto, que até agora eu estou com essa dúvida cruel, afinal, estou ou não feliz? Ou será que eu sou feliz pela metade? Existe felicidade pela metade? Feliz, mas incompleta? Alguém pode me ajudar aqui, por favor?
Mas não, ninguém pode me ajudar a encontrar essas respostas, elas não estão pré-respondidas em textos , livros e nenhum professor poderá me responder. Porque o destino não é claro e nem dá as coordenadas certas pro caminho certo, pelo menos não pra mim. Mas eu tenho fé nele.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Grandes fragmentos em uma pequena caixa


Peguei aquela caixa, onde guardo as recordações mais bonitas de nós dois, li e reli todas as lembranças como se fosse a ultima vez. Encontrei o teu cheiro perdido lá dentro. E os momentos começaram a aparecer em minha mente como em um filme. Fechei os olhos, deixei que aquilo me levasse para bem longe, deixei que a minha ilusão me prendesse o mais perto de ti que eu conseguiria naquele instante. Consegui sentir tuas mãos aflitas como em nosso primeiro beijo, sempre fui louca pelas tuas mãos. Senti o calor do teu abraço apertado, o melhor abraço. Olhei fundo em teus olhos, sempre os mais anuviados para mim. Toquei na tua pele, que combina tão perfeitamente com a minha. Tentei falar, mas você me calou, me calou com uma expressão fria e distante.
A ilusão se desfez, e lá estava eu, com todas aquelas lembranças nas mãos. Todos aqueles sentimentos em pedaços caídos pelo chão. A garganta virou em nó. E o coração parecia estar congelado. Recolhi todos os momentos e sentimentos que restaram de ti e coloquei na caixa. Abracei-a enquanto algumas lágrimas rolaram pela minha face, mais uma vez. Palavras vieram a minha boca, mas não permiti que elas fossem proferidas. Apenas deixei que os sentimentos que dentro de mim havia, se encontrassem com os momentos daquela caixa. Coloquei-a no lugar de sempre. Pensei em colocá-la fora. Mas mudei de idéia. Afinal, não se coloca fora momentos bonitos e sentimentos reais. Vou apenas guarda-los.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Meu sutil egoísmo


Algumas pessoas fazem realmente toda a diferença em uma vida. Ou melhor, são as pessoas que fazem diferença, mas algumas são como raios de sol em um dia nublado com cara de chuva. São aquelas que com alguma demonstração de afeto fazem surgir sorrisos em rostos cansados da dor. Ou sentimentos em corações já indispostos.
Sou uma pessoa egoísta às vezes. Ok, quase sempre na verdade. Egoísta ao ponto de só perceber um sentimento quando a falta de outro, grita dentro de mim. Só me permito admitir isto, quando sinto necessidade. Só me permito ver, quando talvez já seja tarde.
Mas foda-se, nunca me importei com o tempo, com o “tarde demais”. Sempre acreditei que tudo era possível. Porque diabos seria diferente agora?
Ah, mas quer saber? Talvez isso tudo seja só mais uma ilusão da minha cabeça, quem se importa? Talvez isso tudo passe daqui a pouco, e tudo volte ao normal. Enquanto isso, eu me perco nesta confusão de sentimentos. Só não quero pensar que é em vão. Por isto, procuro não pensar demais.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Brechas no meu quadrado


Hoje um professor pediu que ligássemos nove pontos, com quatro linhas. Hm! Complicado! O quadrado nunca fecharia se fosse preciso interligar os nove. Mas e quem falou em quadrado?Vi nos pontos a ilustração perfeita da minha vida, talvez o MEU quadrado, esteja quadrado demais, sem brechas, fazendo com que me prenda somente naquilo, fazendo que o óbvio passe despercebido por mim, sendo assim o que mais repudio.
Portanto, não seja óbvio comigo. Pode até tentar bancar o esperto, pode até arrancar uma lágrima ou duas de mim, uma ou duas vezes, enquanto eu fingir que não vejo, mas quem é óbvio uma vez, sempre será óbvio. Então, o meu quadrado abri mais brechas agora, e afirmo, elas não se fecharão.

domingo, 1 de agosto de 2010

Completa


Repousei a cabeça no travesseiro, senti teu cheiro, ainda fresco. Ah! O teu cheiro! Fechei os olhos, e lá estávamos nós, carinhos sem fim, beijos profundos, respirações ofegantes, dois corações palpitando em sincronia, nós dois sendo um. A sensação de estar completa, a felicidade que transborda pelos olhos, e sim, eu vejo isto nos teus olhos também. Ah! Que sentimento bom que é estar inteira.

Abri os olhos e percebi que havia viajado para algumas horas atrás, e você já não estava mais ali, tuas mãos não me acariciavam mais e os teus lábios já não estavam mais juntos aos meus, porém, o teu cheiro permanecia doce e contagiante como sempre e o sentimento de estar completa, ainda estava por todo meu ser, e ainda permanece intocável, ansioso para materializar novamente o amor que guardamos.